Procurando a via Caroço
Consegui um parceiro para escalar na sexta feira no Marumbi, Paulo Rolim, também não pensou muito para aceitar o convite de tentarmos fazer a via Caroço na Esfinge.
Para agilizar o processo já saímos quinta à noite rumo a vila do Marumbi, chegamos no início da madrugada. Mesmo chegando tarde vale a pena dormir na tranquilidade da montanha.
Sexta feira o dia amanheceu perfeito para escalar, e já logo após o café começamos nossa caminhada até o vale dos Perdidos.
Tanto eu quanto o Paulo não conhecíamos a via e nem a base dela, o que tínhamos era apenas as informações e alguns betas.
O principal beta para chegar na base da Caroço é a Pedra do Piolho, isso depois de vc ter passado pela Praça XV um pouco antes da primeira janela da Noroeste. Chegando no vale do Perdidos, sobe um pouco pelo rio até chegar em uma pedra grande e chata, essa é a Pedra do Piolho.
Alguns metros saindo do rio por uma trilha não muito batida vai ter uma bifurcação, a direita, subindo vai para a via Ilusionista e a esquerda para Caroço, após 5 minutos vc vai encontrar um veio grande, quase que um pequeno vale de pedra com cristais, no final do veio de cristal vc vai chegar na base da Via Caroço.
O problema é que só passaram pra nós o beta do veio de cristal e não falaram sobre a bifurcação logo na saída do rio.
Como a trilha para direita é mais batida acabamos seguindo nela e o pior que logo a frente tinha um veio de cristal com o mato pisoteado, esse veio de cristal não tem nada haver com o que leva realmente leva a base da Caroço, mais como a gente não sabia acabamos subindo por ali mesmo.
Robada do caralho, escalamos uns 30 metros em uns trepa mato ruim, e quando vimos que não tinha nada em volta, assim tivemos que rapelar em uma árvore não muito confiável.
Depois de bater a cabeça mais um pouco por ali voltamos até o rio e só ali fomos achar aonde tínhamos errado, não vimos a porra da bifurcação logo na saída do rio.
Depois de se bater pra chegar na base da via conseguimos chegar no nosso destino, o problema que isso já era 3 horas da tarde, decidimos escalar pelo menos a primeira enfiada para saber como era.
Fui por primeiro nessa enfiada, que não tem problema nenhum na orientação, uma escaladinha de 6º grau com uns trepa mato e algumas cordas fixas, duas passadas de rebite e uma transversal meio cabreira para chegar na primeira parada.
Paulo puxou a segunda enfiada até chegar na base do trepa mato, M2 que consta no croqui, dali achamos melhor baixar por causa do horário.
O dia estava perfeito, um mar de nuvens alucinante e a parceria com o Paulo foi muito boa.
Infelizmente não foi dessa vez, apesar da gente ter escalado somente uma enfiada o dia foi muito divertido!!!!