Conjunto Marumbi

Com uma boa saudades do Marumbi, misturado com uma semana lazarenta de puxada, a escolha para onde ir nesse final de semana não poderia ser outra.

Domingo eu tinha a companhia da Luciana e da Luiza. Logo cedo também apareceu na casa do Vita o amigo Vinicius com sua namorada Annanda.

O tempo típico de inverno, céu azul, seco e com um vento gelado.

Iniciamos nossa caminhada pela Frontal sem pressa de chegar ao cume. Bate papo divertido na subida, quando percebemos já estávamos chegando no cume do Olimpo.

A descida retornamos pela Noroeste para passar no cume da Esfinge, mas logo que passamos o cume do Gigante escutei um berro da Luciana, um grito de dor na verdade. Quando olhei para trás vi a Luciana com a mão na perna e uma expressão de dor enquanto escorria algumas lágrimas.

“O que aconteceu Luciana?”, perguntei preocupado. “O joelho em vez de dobrar para frente parece que ele quiz dobrar para trás, ta doendo muito …”

Depois de uma pequena avaliação para saber se conseguia pelo menos apoiar o pé no chão resolvemos continuar antes que o corpo esfriasse, isso poderia travar de vez a perna dela.

Encontramos o Vinicius, Annanda e a Luiza que esperavam no cume da Ponta do Tigre depois da nossa demora.

Insisti para que o casal fosse até o cume da Esfinge enquanto descíamos em um ritmo mais lento.

Mesmo mancando e sentindo muita dor a Luciana desceu muito bem a trilha. Não paramos para quase nada, precisava sair dali o quanto antes.

Chegamos na Vila do Marumbi ainda de dia, ainda tinha que arrumar tudo e descer a estradinha para pegar o carro.

Em Curitiba o primeiro médico que a Luciana consultou depois dos exames feitos, avisou que teria que fazer cirurgia, pois teve rompimento parcial dos ligamentos do joelho. Em uma segunda opinião médica, falou que com fisioterapia poderia melhorar e não precisava de cirurgia até o momento, e foi nesse segundo diagnóstico que a Luciana se apegou.

Não precisa estar fazendo uma coisa muito foda na montanha para se machucar, somente o fato de entrar em uma trilha ou escalada na montanha já estamos sujeito ao risco, mas manter o Direito ao Risco é o fundamental. Se tem medo de se machucar, jogue xadrez em casa que é bem mais seguro.