Tentativa de subir o Ferraria
Não lembro quantos anos fazem que eu não vou até o Ferraria, mas sei que fazem no mínimo uns 7 anos, usando o caminho da Conseição então, vai mais uns aninhos nessa brincadeira.
Para um projeto que tenho em um futuro próximo eu precisava estar com a trilha da Conceição até o cume do Ferraria com todas as roubadas bem frescas na minha memória, não teria tempo a perder nesse trecho quando tentasse realizar o projeto.
Convidei alguns amigo para dar uma pernada até o Ferraria, a princípio todos gostaram e alguns ficaram felizes de poder conhecer essa montanha.
É claro que o sábado chegando com uma previsão muito ruim acabou espantando os mais animados, ficando apenas eu, Julio Fiori, Bolivia e a Veleda, essa que por sinal era a primeira vez que caminhava conosco.
Na estrada o parabrisa não parava um minuto sequer, chegando no estacionamento da Fazenda Rio das Pedras parece que a garoa fina tinha passado para uma garoa grossa. Enquanto nos preparavamos alguém sempre dava uma ideia de como seria estar tomando um café quente naquele momento, ou um almoço regado a muita carne e cerveja. Acho que todos queriam abortar a caminhada, mais ninguém quis ser o primeiro a dizer, e assim saiu os quatro retardados embaixo de chuva para caminhar.
Passamos pelas fazendas, subimos a trilha do Cristóvão e logo começamos a descer sentido a bairro alto, chegamos no vale que teríamos que subir. Até esse ponto a trilha parecia um rio, imagine então o rio que era nosso proximo trajeto, estava com o nível da água muito maior que o normal.
Um lanche rápido para não congelar e iniciamos a subida do rio, era muito água que estava descendo, todo cuidado para não escorregar e acabar se machucando.
Quando o vale começou a ficar um pouco mais íngreme e a vegetação mudou, ali era o ponto que eu e o Fiori lembravamos que tinha que sair para esquerda para em uns 200 metros em curva de nível chegar ao campo que daria acesso ao cume do Ferraria.
Bati muito aquela área tentando achar a trilha que procurávamos, subi, desci, varei mato e nada da trilha. Depois de muita procura chegamos a conclusão que a trilha não existia mais.
Faz muito tempo que não ouso falar e nem vi alguma foto de alguém que tenha andado naquela região.
Com aquele tempo que não melhorava, e na verdade parece que piorava a cada hora que passava, o mais sensato e seguro era voltar para fazenda, sensato na verdade era a gente nem ter saído da fazenda com aquele tempo.
Apesar de todo perrengue e não conclusão do objetivo estavam todos animados. Conversa e risadas não faltaram durante toda caminhada, que deu no total de 9 horas encharcados dos pés a cabeça.
Montanhista sangue no olho acha divertido até uma caminhada como essa!!!!!