Via Vulcano – Andradas-MG

Fui uma única vez para Andradas e isso já faz uns bons anos, lembrava vagamente do lugar e não me recordava de quais vias eu tinha escalado.

Escolhemos a via Vulcano 4° V E1 D2 na Pedra do Elefante, uma das mais conhecidas da região que está no livro as “As 50 Vias Clássicas no Brasil”.

Mais de 1 hora de caminhada naquele sol forte deu uma certa fadiga, mas já sabíamos que seria uma via apenas. O calor forte e a previsão de chuva para o final do dia só seria possível uma escalada e mais nada.

Chegando próximo a parede seguimos as orientações do croqui para achar a base da via, nos batemos um pouco, mas logo achamos o início da via. Só quando cheguei bem próximo a parede notei que tinha uma plaquinha de ferro grudada na rocha com o nome da via, não tinha como errar.

A Michelle puxou a primeira enfiada para relembrar como era estar guiando na parede, que na verdade é a posição mais divertida. Lances de aderência foi o que mandou nesses primeiros 30 metros de escalada. A segunda enfiada bem diferente que a anterior, mas bem tranquila tecnicamente, uma fenda meio que chaminé com proteções fixas até a P2 sem apresentar nenhum problema. A próxima foi a enfiada mais divertida, mais exigente com lances bem bonitos deram uma apimentada na escalada e os últimos metros até o final da via com muitas agarras e com uma orientação bem tranquila. Da P4 é só subir caminhando até o cume e aproveitar o visual.

Depois de um breve lanche no cume e algumas fotos fomos atrás do rapel. A linha de descida era pela via “Era do Gelo” que fica a esquerda da Vulcano. Na verdade achei meio exposto pra chegar nos grampos de descida dessa via, como vim do cume procurando os grampos ficou meio estranho mas talvez saindo da P4 da Vulcano seja mais tranquilo. Fizemos 3 rapeis de 50 metros até chegar na base novamente.

Não era 4 horas da tarde ainda e a previsão era para chuva para o final do dia e para o dia seguinte também. Satisfeitos com a escalada que fizemos e sem perspectiva de escalar no dia seguinte achamos melhor carregar tudo no carro e seguir viajem que ainda faltava muitos dias para voltarmos para casa.