Face Leste, Salinas
Seguindo a programação de caminhadas e escaladas que eu gostaria de fazer em 2012, finalmente chegou o dia de conhecer Salinas.
Eu já estava em São Paulo desde terça-feira à trabalho. Combinei com o Otaviano para ele me pegar na Marginal Pinheiros e seguirmos para Nova Friburgo no Rio de Janeiro.
Viajando a noite sentido Rio, não teve como escapar da parada para um cochilo, um descanso de 4 horas para não dormir ao volante.
Logo que amanheceu pegamos a estrada, o trânsito estava um inferno devido ao feriado, conseguimos chegar ao centro de Nova Friburgo somente a 1 hora da tarde, almoçamos e compramos alguns lanches para escalada do dia seguinte.
Com a 4×4 do Otaviano conseguimos chegar até o último refugio bem próximo ao Pico Maior, um lugar muito agradável. O refugio disponibiliza algumas acomodações para reservas antecipadas, como não tínhamos reservado nada e queríamos dormir cedo acabamos ficando no camping.
Já era final de tarde, e o que nos restava era estudar a linha da via de longe, arrumar os equipamentos e dar uma caminhada de reconhecimento para não ficar se batendo de madrugada quando saíssemos.
Eu estava tão cansado que 6:30 da tarde eu já estava dormindo. Acordar as 4 horas da manhã foi fácil depois de uma boa noite de sono.
As 6:30 da manhã estávamos na base da via, a caminhada foi tranqüila com 1:30 do camping até a parede.
A via escolhida para subirmos o Pico Maior foi a clássica “Face Leste” (D4 5° V (A0/VI+) E3), um paredão de 700 metros que você só tem noção de sua grandiosidade quando está na base da parede.
A estimativa era fazer em 8 horas até o cume, para não perder tempo, revezava-mos a guiada.
Até a primeira chaminé não tivemos nenhuma cordada exigente, apenas cordadas expostas, pouca proteção fixa e a grande dificuldade que muitos reclamam: a orientação da via. Só eu me perdi umas 3 vezes em quanto guiava.
Das 15 cordadas, a enfiada mais exigente foi a seguinte após a primeira chaminé, a segunda chaminé achei bem cansativa, exposta e quase sem proteção, um pouco mais chatinha do que a primeira.
A cordada em A0 foi mais tranqüila que eu esperava, um pouco cabreira por causa das proteções bem antigas.
As 2:20 da tarde conseguimos chegar ao cume do Pico Maior, o tempo estava perfeito para um dia de escalada.
O chato são os 12 rapeis que precisa fazer, a linha que escolhemos para descida foi pela via Sylvio Mendes que acaba entre o colo do Pico Maior e o Capacete, quase 3 horas de rapel e mais 1:30 de caminhada até o refugio.
Do cume até o refugio tivemos a companhia de uma dupla de escaladores muito bacanas, o Jerônimo e o Sr. Janpierre.
No camping do refúgio arrumamos as coisas o mais rápido possível e seguimos até a cidade de Teresópolis para descansarmos, pois no dia seguinte, teríamos mais de 900 km até Curitiba.
E ai Natan, boa esta heimm, Abraços
Realmente o lugar é um tesão, temos que marcar para ficar uma semana por lá.
Um grande abraço Guga
Escalada bonita. Na próxima encarnação vou ver se dá para encarar. Parabéns!