Abrolhos – (A primeira subida da Luiza)

Abrolhos – (A primeira subida da Luiza)

2 de maio de 2021 2 Por Natan

A programação do dia era subir o Abrolhos para apresentar o cume para o Éric e a Luiza. Pedi para a Luciana subir com todos na frente que eu ainda tinha um trabalho a fazer, descer até o estacionamento do Macuco ao lado da base do IAT na estradinha de Prainhas para pegar um botijão de gás que estava no carro. Eu já sabia que o gás estava acabando, e nesse domingo acabou.

O problema não foi descer até lá para buscar, o grande problema é aquela merda pesada pegando bem em cima da tua lombar, isso é o mais foda.

A Luciana estava com 2 horas de diferença na minha frente, tempo que levei para buscar o gás e voltar para o Marumbi. Só larguei o trambolho na casa e subi pela Noroeste para encontrar a turminha.

A subida estava sofrida, minhas pernas pareciam 5 quilos mais pesadas, fora a lombar que estava bem dolorida. Tentei manter um ritmo razoável para não precisar parar e descansar, queria pegar eles antes que saíssem do cume.

Passando pela primeira janela até me deu uma vontade de ficar por ali mesmo, o visual estava um tesão, o tempo limpo e sem mormaço deixou a serra bem nítida.

Cheguei no cume cansado e precisando recuperar o fôlego. Mau sentei e avistei a Luciana vindo do outro lado do cume. Todos animados com a subida e a sorte de ter pego um dia incrível para aproveitar o Abrolhos. Na hora de tirar as fotos que fui descobrir que horas era e quanto tempo eu tinha levado, 1:10 h de subida depois de se exercitar com o bujão de gás até não estava tão ruim para um início de temporada.

A descida foi bem melhor do que eu imaginava, uma dica ali, outra aqui ajudava os novatos e descerem em um bom ritmo até a estação.

NO FINAL RELATO E FOTOS DA LUIZA

Alegria da criança no cume

Encontrando o Natan

Não me canso desse visual.

 

RELATO DA LUIZA

 

        Eu já tinha feito algumas montanhas, mais tranquilas, como o Morro do Canal, Anhangava, Vigia, Rochedinho, entre outras, e também pedalava.

Volta e meia vou para o Marumbi com a Luciana e com o Natan. Eu sempre ouço as histórias das vezes que eles subiram as montanhas do conjunto, isso também me despertou o interesse.
Nesse final de semana, perguntaram se eu queria subir o Abrolhos e eu aceitei. Mas com medo de não conseguir subir porque tem um ano que estou parada sem praticar nada de atividade física, sei que é uma caminhada exigente, e confesso que me surpreendi, pois achei que seria muito mais difícil para mim.

              Foram quase 3 horas de subida, bem tranquilas, sem me desgastar, mesmo com alguns trechos mais complicados, fizemos algumas paradas, conversamos, tiramos fotos e fomos indo em um ritmo legal.

            O começo da subida eu achei bem chatinho, também por que eu estava com preguiça, quando chegamos na Pedra da Marmelada eu comecei a me animar, e dali não quis parar mais.

              A passagem pela Torneirinha apesar de ser bem perigosa foi tranquila, com todo o cuidado do mundo, e conforme fomos subindo, eu olhava para cima e ainda tinha muito a subir, olhava para trás e a vista ia abrindo, isso foi me dando uma satisfação e cada vez me empolgando mais.

                 Subindo a primeira escadaria de grampos, olhei para trás e tive certeza que queria terminar para ver tudo do cume. Eu sempre olhei aquela ponta separada do Marumbi lá da estação e a partir daquele momento se tornou um sonho, um sonho bem perto, mas em minha mente longe, realmente estar lá foi um sonho.

         Pronto, chegamos ao cume, dia maravilhoso, trilha maravilhosa, e um visual deslumbrante, um dia perfeito para encher a galeria de fotos e foi isso que aconteceu! 

Foi minha primeira vez assinando um caderno de cume, primeira vez que vi uma caixa de cume. Até selfie com urubus consegui tirar, apesar do cagaço deles voando tão perto de mim.

          Na volta encontramos com o Natan, que subiu depois de nós, a descida também foi bem tranquila, o Natan me auxiliou e me deu várias dicas muito úteis de como caminhar na trilha por exemplo, até porque voltaríamos no mesmo dia para casa.

          Hoje escrevendo isso com dores musculares até onde nem sabia que poderia ter músculo, me sinto muito gratificada, cada músculo que eu mexo me vem na mente aquela paisagem, simplesmente MARAVILHOSA!

Passagem pela Pedra da Marmelada

O terror da Mamãe, passagem pela torneirinha

Escadaria do Abrolhos, nosso primeiro visual

Minha primeira assinatura em um caderno de cume

Olhando a estação do Marumbi onde estava algumas horas atrás

Cume do Abrolhos

Selfi com os corvos

Encontrando o Natan

Voltando para estação

Chegada na estação pós Abrolhos