Anhangava – Repassando a experiência para nova geração
Repassar conhecimento e experiência. Eu acho que eu não sou uma pessoa que tem uma boa didática para ensinar, mas quando vou explicar alguma coisa ou ensinar alguém, a prática e o exemplo pra mim são as formas mais fáceis de fazer isso.
A Luiza desde quando a conheço, é muito curiosa e dedicada em aprender, como veio para o lado do que eu mais gosto de fazer, que é o montanhismo e a escalada, tenho aos poucos repassando o que sei e conheço.
Mesmo o Anhangava sendo próximo, não estava fácil trazer ela para escalar, ou é um compromisso, um decreto ou a previsão do tempo ruim para melar a primeira escalada da Luiza.
A via José Peon é uma escalada ideal para quem vai subir pela primeira vez. Como estávamos em 3 pessoas, o melhor era ela ser a participante do meio.
Não quis montar um top rope apenas, se vou ensinar ela, queria ensinar todo o procedimento, não só se pendurar na corda.
Escalou, ficou em alto segurança na parada, pôde identificar como é dar segurança de cima para a Luciana subir e rapelou. Pacote básico, mas conseguiu participar de todo o processo.
Pela sua empolgação e dedicação, provavelmente vai entrar em montanhas que tem escalaminhada e escaladas de aventura para chegar no cume. Para isso, uma técnica importante e que pode ser muito utilizada é saber subir chaminé.
A chaminé é uma técnica relativamente fácil, um bom condicionamento físico ajuda muito, mas queira ou não, aprender a se movimentar entre duas paredes com eficiência ajuda a chegar ao cume de muita montanha.
Começou na Chaminé do Urubu se batendo, mas no final já estava com uma movimentação bem melhor.
Mais um rapel pela linha da via Andorinhas termina um primeiro dia de contato com a escalada.
Subimos até o cume do Anhangava para aproveitar o pôr do sol que foi um tesão.
Passar o conhecimento e a experiência, essa é uma dos deveres de quem esta na montanha a mais tempo.