Crista do Morro7 – Reconhecimento da crista
Em um dos bate papos com o Julio Fiori ele me mostrou uma foto e perguntou, “Vc já viu que crista linda essa na Graciosa? Daria para acessar o Morro Sete por essa crista!”.
Ideias boas e divertidas a gente não leva muito tempo para colocar em prática.
Domingo, apenas alguns dias após nossa conversa, estávamos se reunindo às 7 horas da manhã no Posto Túlio próxima a entrada de Quatro Barras para fazer a primeira investida na crista. Descemos com os carros pela Graciosa até o quiosque da Curva da Ferradura, esse seria nosso ponto de partida.
Era umas 9 horas quando começamos a caminhar. A princípio começamos a subir a trilha histórica da Graciosa, passando pelos quiosques com churrasqueira e ganhando altura. Logo que a trilha ficou mais suave e começou a tender para a direita, achamos melhor entrar na mata e varar mato sentido a base da crista.
Subimos mais um pouco e do outro lado voltamos a descer. Em pouco tempo chegamos em um pequeno rio com alguns canos de captação de água, que logo deu para identificar que era do Quiosque da curva da Ferradura.
A mata nesse ponto era bem tranquila, um bosque gostoso para caminhar. Começamos a fitar melhor e tomamos a direção da crista à medida que a gente conseguia ver entre as copas das árvores.
Logo que a subida ficou mais íngreme cruzamos com uma trilha, não sabíamos de onde vinha e para onde iria, mas com certeza nenhuma das duas direções levaria para onde queríamos.
Entre gargalhadas, marcações nas árvores e debates do melhor lugar para subir fomos ganhando altura. Um trecho com pedras soltas entre as árvores acabou dando um belo susto … não lembro exatamente quem estava na frente naquele momento, mas só escutei um grito “Pedraaa” e o barulho de algo grande rasgando tudo que tinha pela frente, por muita sorte não tinha ninguém no caminho daquele pedregulho enorme que se desprendeu.
Os dois primeiros que puxam a fila são os que mais se fodem, o restante na verdade fica mais dando pitaco e reclamando que a caminhada tá muito devagar, mas os mesmos pitaqueiros quando assumem a dianteira da fila acabam tendo o mesmo problema e reclamam que “Tá foda” rsrsrs
Não tínhamos nenhuma pretensão ousada para esse primeiro reconhecimento, entrando na crista e escolhendo o melhor ponto de partida já seria um bom lucro.
Quando a vegetação que cobria a crista deu uma aliviada e tivemos um visual melhor da onde estávamos, todos ficaram muito empolgados. As duas cachoeiras que avistamos lá de baixo agora estavam quase ao nosso lado.
Logo mais a frente achamos um bom lugar para fazer um lanche e todos se acomodarem, já estava próximo às duas da tarde e chegamos a consenso que até ali já tinha sido muito melhor do que a gente imaginava, aquele não era o dia para tanta “fodeção”, até onde chegamos já estava ótimo.
Na descida tentamos melhor uma coisa ou outra na trilha recém aberta, mas o que queríamos mesmo era deixar o início da caminhada melhor.
Quando retornamos para o rio que cruzamos lá embaixo, começamos a descer pelo lado esquerdo do rio por uma pequena trilha, em pouco tempo saímos na área de piquenique da Curva da Ferradura. Ali vimos que essa seria a melhor forma de acessar a trilha recém aberta, subindo pelo rio que passa atrás do quiosque.
Os próximos dias agora seriam de estudos e planejamento do clube em cima dessa nova rota para o Morro 7, que deve dar uma bela caminhada quando ficar tudo pronto.
Encontro da galera para essa primeira investida.