Saci

Saci

15 de julho de 2023 1 Por Natan

Percebi que o cume do Saci não era tão fácil, quando escalei a Via Mar de Caratuvas. Depois de caminhar bastante, subindo e iniciando uma escalada na parede do Ibitirati, foi somente nesse momento que percebi estar na mesma altura do cume do Saci. Olhando de outras montanhas, como o Ferraria ou o Taibabuçu, a montanha ao lado do imponente cume do Pico Paraná, União e Ibitirati, dá a impressão de que o Saci é apenas um mero e desinteressante cume, de fácil acesso… puro engano.

Com 1300 metros de altitude, a caminhada ao cume do Saci começa na fazenda onde deixamos o carro em Bairro Alto, na cota 100 m do nível do mar. A partir desse ponto, são cerca de 1200 metros de subida até o cume.

Por conta de uma logística um pouco demorada, sempre deixei para depois a tentativa de alcançar o cume dessa montanha. Entretanto, uma mudança de planos na minha agenda e uma atividade do CUME – Clube União Marumbinismo e Escalada – marcada para esse sábado, fez com que essa oportunidade se encaixasse perfeitamente.

Juntamente com quatro amigos, todos associados do CUME (Guga, Josi, Luis Felipe e Rafaela), saímos de Curitiba logo cedo. Nosso ponto de partida foi em Bairro Alto, em Antonina, iniciando pela Trilha da Conceição. Às 9h30 da manhã, começou nossa longa caminhada, subindo a antiga estradinha até a ponte Indiana Jones, nosso ponto de referência para acessar a trilha que nos levaria ao cume do Saci.

O início da trilha do Saci é marcado com algumas fitas à esquerda da estradinha, cerca de 100 metros antes da ponte. A subida transcorreu sem problemas de orientação, com várias fitas para sinalizar e o caminho bem demarcado, permitindo-nos ganhar altitude mais rapidamente do que imaginávamos.

A trilha segue por uma crista bem demarcada com algumas passagens expostas para quem não está acostumado. O lance mais técnico que enfrentamos durante todo o percurso foi descer por uma pequena fenda. Embora a trilha não seja complicada, ainda assim, trata-se de uma caminhada exigente, com muitos trechos verticais em que é necessário se apoiar em raízes e árvores.

Antes da caminhada, encontrei informações que mencionavam um “cume” chamado Sassizinho antes do cume principal do Saci. Ao estar lá, ficou claro que o Sassizinho não é propriamente um cume, mas sim um “ombro” na crista do do Saci.

Por volta das 14 horas, chegamos ao cume em meio a muitas nuvens e de frente para a imponente parede do Ibitirati. Passamos o tempo comendo, descansando e tirando fotos sempre que as nuvens nos permitiam uma visão melhor da região em que estávamos. Aproveitamos por mais de uma hora o agradável dia.

A descida foi rápida, todos nós caminhávamos bem e tínhamos experiência suficiente para manter um ritmo adequado, mesmo nos trechos mais técnicos. Após uma parada para o café na ponte Indiana Jones, chegamos novamente ao estacionamento um pouco após o pôr do sol.

O Saci acabou por me surpreender com sua beleza, uma caminhada pesada e divertida. Mesmo estando distante, vale muito a pena conhecer essa montanha.

Estrada que liga Antonina a Bairro Alto.

Estacionamento onde deixamos o carro e local onde começamos nossa caminhada.

Luis, Guga, Rafa, Josi e Natan.

Na bifurcação da estrada tem um bom lugar para pegar água antes de seguir a esquerda para ponta Indiana Jones.

Ponte Indiana Jones ao fundo.

Primeira janela durante a subida do Saci.

Ferraria bem a frente.

Trilha íngreme e exigente.

Uma fenda para descer e continuar a trilha rumo ao cume.

Única parte um pouco mais técnica durante a caminhada.

O gigante Ibitirati.

Natan no cume do Saci.

Logo a baixo, o que chamam de cume é apenas um ombro da crista do Saci.

Trilha bem definida e marcada.

Café durante a caminhada é sempre muito bem vindo.

Guga, nunca deixa de fazer um café para todos.